O ano de 2015 começa
amanhã. Com esta coisa do feriado à quinta-feira e do
fim-de-semana, parece-me que só amanhã é que Lisboa vai pôr o pé
fora da cama e dizer: Olá 2015. E será a muito custo, porque, com o
frio que tem estado, ficaria contente por hibernar até Março.
Debaixo de grossas camadas de cobertores até chegar a Primavera.
Portanto, hoje é o dia
para fazer os pedidos para o novo ano que se avizinha. Lisboa é
cidade de fé e superstição. Logo, quando soarem as badaladas do
final do ano, empunhará as passas e do cimo do Arco da Rua Augusta
formulará auspiciosa os seus sonhos para 2015.
Primeiro
Que as ruas deixem de ter
buracos. Que a calçada portuguesa seja bem tratada.
Segundo
Que todos os sem-abrigo
passem a ter um tecto.
Terceiro
Que deixem de haver filas
de trânsito. Melhor, que deixem de haver filas.
Quarto
Que os lisboetas deixem de
deitar lixo e de cuspir para o chão. Já agora, que apanhem os cocós
dos seus cães.
Quinto
Que os terramotos e
tsunamis fiquem lá longe.
Sexto
Que deixem de haver
barreiras arquitectónicas para os deficientes e que se respeitem os
seus lugares de estacionamento.
Sétimo
Que deixem de haver greves
nos transportes públicos (porque tudo se resolve a contento de
todos).
Oitavo
Que toda a gente tenha
casa.
Que toda a gente tenha
casa a um preço razoável e que acabe a especulação imobiliária.
Nono
Que haja Verão.
Décimo
Que venham mais turistas.
Décimo primeiro
Que a crise acabe (se é
para pedir, pedem-se milagres).
Décimo segundo.
Que os alfacinhas sejam
felizes.
Depois, erguerá a sua taça de
champanhe, brindará com o Tejo e dirá:
Feliz ano novo.
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