domingo, 4 de janeiro de 2015

Feliz ano novo.







O ano de 2015 começa amanhã. Com esta coisa do feriado à quinta-feira e do fim-de-semana, parece-me que só amanhã é que Lisboa vai pôr o pé fora da cama e dizer: Olá 2015. E será a muito custo, porque, com o frio que tem estado, ficaria contente por hibernar até Março. Debaixo de grossas camadas de cobertores até chegar a Primavera.

Portanto, hoje é o dia para fazer os pedidos para o novo ano que se avizinha. Lisboa é cidade de fé e superstição. Logo, quando soarem as badaladas do final do ano, empunhará as passas e do cimo do Arco da Rua Augusta formulará auspiciosa os seus sonhos para 2015.


Primeiro

Que as ruas deixem de ter buracos. Que a calçada portuguesa seja bem tratada.

Segundo

Que todos os sem-abrigo passem a ter um tecto.

Terceiro

Que deixem de haver filas de trânsito. Melhor, que deixem de haver filas.

Quarto

Que os lisboetas deixem de deitar lixo e de cuspir para o chão. Já agora, que apanhem os cocós dos seus cães.

Quinto

Que os terramotos e tsunamis fiquem lá longe.

Sexto

Que deixem de haver barreiras arquitectónicas para os deficientes e que se respeitem os seus lugares de estacionamento.

Sétimo

Que deixem de haver greves nos transportes públicos (porque tudo se resolve a contento de todos).

Oitavo

Que toda a gente tenha casa.
Que toda a gente tenha casa a um preço razoável e que acabe a especulação imobiliária.

Nono

Que haja Verão.

Décimo

Que venham mais turistas.

Décimo primeiro

Que a crise acabe (se é para pedir, pedem-se milagres).

Décimo segundo.

Que os alfacinhas sejam felizes.


Depois, erguerá a sua taça de champanhe, brindará com o Tejo e dirá:

Feliz ano novo.

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