Lisboa
não são só colinas. Lisboa são escadas, escadinhas, escadarias e
escadotes. São saltinhos nas ruelas. São corrimões envelhecidos.
Passos apressados nas ruas estreitas. Saltos altos que não cabem bem em todos os degraus desta vida errante que se faz na cidade.
Escadinhas com varandas e janelas, cheias de roupa a perfumar o ar. Já não é o Omo nem o sabão azul. Agora é cheiro de panos acabados de sair da máquina de lavar. E que difícil que é, tentar equilibrar o pé a olhar para o ar. A descer todos ajudam, mas a subir, só mesmo Santo Antoninho. Na Bica é mesmo a doer. E no Castelo, Deus nos dê ar para respirar antes de lá chegar.
Gosto das escadas dos prédios. De madeira ou pedra dura. Gosto quando as escadas cheiram bem. Quando por lá passou alguém com um balde de água que mata as bactérias e é cheirosa. Ou quando alguém saiu de casa perfumadinho pela manhã, deixando um rasto de mistura de essências, refinado ou não. Que bem que cheiram os lisboetas!
Ou as escadas de madeira amareladas por um pó que eu não sei o nome. Mas que mania esta. Mas que bela mania. São aquelas cores que Lisboa tem, mas que nem notamos.
Degrau a degrau, a algum lado se há-de chegar. À Baixa ou ao Largo da Graça. À Lapa. À socapa, sempre em sobe e desce. Sempre com pressa. Quanto mais depressa mais se perde o vagar.
Passos apressados nas ruas estreitas. Saltos altos que não cabem bem em todos os degraus desta vida errante que se faz na cidade.
Escadinhas com varandas e janelas, cheias de roupa a perfumar o ar. Já não é o Omo nem o sabão azul. Agora é cheiro de panos acabados de sair da máquina de lavar. E que difícil que é, tentar equilibrar o pé a olhar para o ar. A descer todos ajudam, mas a subir, só mesmo Santo Antoninho. Na Bica é mesmo a doer. E no Castelo, Deus nos dê ar para respirar antes de lá chegar.
Gosto das escadas dos prédios. De madeira ou pedra dura. Gosto quando as escadas cheiram bem. Quando por lá passou alguém com um balde de água que mata as bactérias e é cheirosa. Ou quando alguém saiu de casa perfumadinho pela manhã, deixando um rasto de mistura de essências, refinado ou não. Que bem que cheiram os lisboetas!
Ou as escadas de madeira amareladas por um pó que eu não sei o nome. Mas que mania esta. Mas que bela mania. São aquelas cores que Lisboa tem, mas que nem notamos.
Degrau a degrau, a algum lado se há-de chegar. À Baixa ou ao Largo da Graça. À Lapa. À socapa, sempre em sobe e desce. Sempre com pressa. Quanto mais depressa mais se perde o vagar.
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